2.4.09

Para que não se esqueça. Para que nunca mais aconteça
Há 45 anos, um golpe abriu uma ferida profunda na história brasileira que sangrou por duas décadas: a ditadura militar, instalada no País em 1º de abril de 1964. A primeira atitude dos militares foi atear fogo ao prédio onde funcionava a sede da União Nacional dos Estudantes, na Praia do Flamengo, 132. A partir daquela madrugada, o Brasil mergulharia num período de trevas, marcado por perseguições, censuras, torturas e mortes.
Uma ditadura que – diferente do que afirmou um recente editorial de jornal de circulação nacional – não teve nada de branda. Foram muitos os que perderam a vida na luta. Os estudantes Honestino Guimarães, ex-presidente da UNE, Alexandre Vannucchi Leme, Edson Luiz e tantos outros morreram para manter viva a chama da liberdade.

O Congresso da UNE de Ibiúna, em outubro de 68, terminou com mais de mil pessoas presas. Logo depois, em fevereiro de 1969, a ditadura aprovou o Decreto-lei 477, que classificou os líderes estudantis como perigosos à ordem. Na clandestinidade, a UNE permaneceu na luta, realizando reuniões e até congressos clandestinos nos anos de chumbo da ditadura entre 71 e 73. Com os primeiros sinais da redemocratização, em 1979, a UNE foi reconstruída, no histórico congresso de Salvador que comemora 30 anos de realização.





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