2.4.09

As cúpulas dos grandes e a movimentação dos povos

Já se sabia que a reunião do G20 ia dar em quase nada. Deu em mais um pacote de US$ 1 trilhão. Mais dinheiro para o ralo ou destinado a virar cinzas. Uma apagada e vil tristeza, como diria o escritor português Gil Vicente, é o estado de ânimo que caracteriza os principais centros econômicos e financeiros, assim como governos e chancelarias dos países imperialistas, o que se reflete no vazio das intenções vazadas no comunicado conjunto. O próprio presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saiu da reunião declarando que “não há garantias de que a resposta do G20 (à crise) será eficiente”.

Por José Reinaldo Carvalho*

O mundo capitalista-imperialista encontra-se mergulhado em profunda crise e fica mais uma vez patente que esta não é de fácil solução, mesmo com pacotes trilionários e o reforço financeiro e institucional dos organismos financeiros internacionais. Num ambiente de incerteza provocado pelo terremoto econômico-financeiro que tem epicentro nos Estados Unidos, as declarações de intenções e o pacote do G20 também tendem a resultar inócuos.

O Brasil, a China e a Rússia, países continentais, de grandes economias, tentaram cumprir o papel que lhes cabe. Empenhados em neutralizar em alguma medida os efeitos mais deletérios da crise e contornar o perigo de eclosão de uma crise social, usaram o G20 como tribuna para, cada um à sua maneira, denunciar o caráter da crise e responsabilizar quem de fato tem culpa no cartório – os países imperialistas, à frente os EUA. A China, apoiada pela Rússia, propõe nova moeda de reserva internacional, pondo a nu a fragilidade do dólar, sintoma incontornável do declínio histórico do imperialismo estadunidense.

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