5.11.08


20 anos da Unegro une 11 países em Colóquio contra o racismo

Neste ano a Unegro (União de Negros pela Igualdade) celebra 20 anos de existência e de luta contra o racismo. Também em 2008 o Brasil registra a passagem dos 120 anos de abolição legal da escravatura no país. Para marcar os dois episódios históricos, a Unegro promove o “1º Colóquio África e Diáspora: o lugar da mulher negra na geopolítica: refletindo sobre os desafios das lutas contra a pobreza e o racismo” de 6 a 9 de novembro, em Salvador, Bahia. 11 países participarão.
Ubiraci, da Unegro
O evento será um encontro de idéias, análises, reflexões e troca de experiências sobre a atual condição das mulheres negras na África e na Diáspora. O Colóquio buscar criar oportunidades de refazer e resgatar caminhos e histórias, juntando vozes capazes de fortalecer a presença das mulheres negras como sujeitos políticos nas esferas de poder, em prol de uma ordem mundial socialmente justa, ambientalmente equilibrada e sem opressão de gênero, classe e raça.

Além da Unegro, também a UBM (União Brasileira de Mulheres) e a Unifem (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher- Cone Sul) promovem o Colóquio que reunirá especialistas no assunto de Costa Rica, Cabo Verde, Estados Unidos, Rússia, Senegal, Nigéria, Haiti, Canadá, França, Guiné e Moçambique.

“Para o Brasil é extremamente importante abrir esse diálogo com os países irmãos. O sistema sempre considerou a mulher negra superficialmente e o Brasil tem uma história de opressão à mulher muito grande. Um evento como esse subsidiará o debate em nosso país e possibilitará que avancemos na elaboração e apresentação de propostas para superar desigualdades”, disse ao Vermelho Ubiraci Matildes, da coordenação nacional da Unegro e da comissão de gênero da entidade na Bahia.

Segundo ela, há muitos pontos em comum entre os países que se encontrarão no Colóquio. “Um deles é a luta pelo em emprego descente e contra a pobreza”, exemplifica. “O problema da desigualdade de cargos e salários entre as mulheres trabalhadoras negras está presente em todo o mundo e o no Colóquio vamos evidenciá-lo.”

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