11.4.08

Juventude Cubana e seu compromisso com a nação


Juventude Cubana e seu compromisso com a nação


"Não vamos falar para a nação!" Assegura este jovem cubano que entra na maturidade de seu trabalho e é há vários anos dirigente da União de Jovens Comunistas. Atualmente como seu primeiro secretário, Júlio Martínez Ramírez se refere aos desafios da juventude cubana para defender e preservar o empenho de uma sociedade mais justa e mais humana para Cuba e para o mundo.

Jornalista : Em seu critério, a juventude cubana está preparada e consciente dos desafios que devem enfrentar para preservar a Revolução?


Júlio : Nosso trabalho está direcionado a mostrar que toda a Juventude Cubana tenha consciência da altíssima responsabilidade que tem a continuidade da Revolução, que é a razão de ser a nossa organização. Nós não podemos perder de vista que temos alguns jovens que dolorosamente não tem uma idéia clara do valor da obra da Revolução. Porém este desafio está no ponto em que toda a juventude pode apreciar o valor da obra revolucionária, conhecer o papel que nos corresponde em cada momento, sendo dinâmicos, criadores, transformadores e estando convencidos de que como se deve de encarar a vida e o lugar onde atua.

Nossa juventude é comprometida, alegre, entusiasmada e está convocada a manter as bandeiras da Revolução Cubana, sinto que têm um compromisso com a humanidade. É decidir defender as bandeiras do socialismo em Cuba, é mostrar ao mundo que é possível ter um modelo que estamos defendendo e aperfeiçoando em nossa nação.

Devemos pensar todos os dias em nossas organizações de base e entre os jovens, ao redor das perguntas expostas por Fidel em 17 de novembro de 2005 em sua Aula Magna na Universidade de La Habana, sobre como preservar e fazer a Revolução.

Nossa tarefa como organização é enorme, pois sem lugar as dúvidas da maioria dos nossos jovens contam como as ferramentas que lhes são proporcionadas: a educação com alta cultura política.

Jornalista : Quais são as principais dificuldades que enfrenta o trabalho da organização para somar maior quantidade de jovens ao desenvolvimento da sociedade?

Júlio : Nós temos que transformar a vida das organizações de base da juventude. Precisamente onde temos o desafio de ser mais forte que são os nossos centros estudantis, em nossos centros de trabalho que todos os militantes do comitê de base não esperam uma orientação, que não esperam uma indicação, sendo que o comitê de base tem a responsabilidade de debater, argumentar, convencer com idéias e princípios, conseguindo uma participação consciente, somando a todos os jovens, no lugar onde atuamos, para estar a vanguarda das principais tarefas.

Nós temos que conseguir que o militante da UJC (União dos Jovens Comunista) não somente participe das reuniões ou das atividades a que convocamos, temos que elevar sua combatividade, preparo e exemplo de enfrentamento ao mal feito.

Nos corresponde também aperfeiçoar a forma em que chegamos aos jovens que não são militantes da Organização e que não estão no raio de ação das organizações de base, incluindo aqueles que não estudam nem trabalham.

Debaixo da premissa de que a contribuição de todos é necessária para o desenvolvimento do país, convertendo o intercâmbio sistemático e direto em uma base, em um método permanente do nosso trabalho.

Jornalista : Que valores não deviam faltar nos jovens que necessitam hoje da Revolução Cubana?

Júlio : O patriotismo, que é a lealdade da história, A Pátria e a Revolução socialista e a disposição plena de defender seus princípios para Cuba e para o mundo. Nossos jovens devem ter disposição para assumir as prioiridades da Revolução, é necessário qualquer sacrifício, atuar sempre em correspondência e com responsabilidade de defender nossa história, consolidando a unidade em torno do Partido.

Nós temos a missão de trabnalhar na formação deste Novo Homem de quem falou Che, que em nosso caso específico têm que ser profundamente antiimperialista com uma atuação consequente que se expresse na dignidade, humanidade, honra, honestidade, justiça, solidariedade e amor ao trabalho como única fonte das riquezas.

Dispomos do exemplo de nossos cinco heróis, que são exemplos palpáveis dos valores que queremos para nossos jovens.

Temos que amar Cuba, conhecer nossa rica história para poder defender e levar a Revolução à planos superiores. Se nós não sabemos quanto têm sofrido nosso povo e quantas vidas foram perdidas para que os jovens possam disfrutar desta obra, dificilmente podemos ter todos os argumentos para defender e impulsioná-la.

Jornalista : Quais são estes argumentos?

Júlio : Muitíssimos. Pois diante de toda a obra da Revolução é necessário levantar em primeiro plano a dignidade plena do homem. Às vezes um jovem pode não apreciar realmente o que desfrutamos e as possibilidades que temos de participar para aperfeiçoá-lo, algo que para muitos no mundo poderia parecer um sonho.

E não digo somente pelas garantias de superação, as garantias de saúde, sinto porque o país é dos nossos cubanos, algo que nem sempre foi assim.

Temos que lutar para que não nos arrebatem esta obra e que todos os jovens entendam que a principal causa de nossas dificuldades e carências atuais obedecem ao genocida bloqueio econômico a que temos sido submetidos, sem esquecer, obviamente, nossos problemas subjetivos que temos que resolver dentro do socialismo, porque é o único sistema capaz de resolver os problemas complexos que enfrentam a humanidade.

Cada jovem deve se esforçar para encontrar seus próprios argumentos para defender esta obra. Temos um arsenal inesgotável nas reflexões de Fidel e nos discursos de Raúl. Devemos ser capazes de interpretar em cada cenário onde atuemos e aplicar as vinte idéias básicas do conceito da Revolução, que constituem por sua vez, os princípios e qualidades que devem guiar a um quadro juvenil e militante comunista.

Jornalista : Quais são as principais tarefas da União dos Jovens Comunistas em sua ordem social?

Júlio : São muitas as missões que fazem parte, não somente aos militantes, mas à toda a juventude. Priorizando o resgate de aqueles jovens que por diversas razões estão desvinculados do estudo e do trabalho, debaixo do princípio de não dar ninguém por perdido, chegar a eles e a sua família, para que sigam a sociedade.

Quanto à participação ativa da juventude no desenvolvimento da educação, sentimos a obrigação de seguir acompanhando os mais jovens em sua formação integral e no preparo e atenção os recursos humanos, jovens criados ao calor da Batalha de Idéias.

Estamos concentrados na atenção e na continuidade do estudo, incorporação no trabalho e aos ingressados de diferentes níveis de ensino, na revolução de causas e condições que determinam as indisciplinas sociais e o crime; assim como em outros temas relacionados à atenção a diferentes setores da sociedade que são beneficiados através dos programas da Revolução.
E algo muito importante, participarmos junto do nosso povo no preparo para a defesa da pátria e estimulando especialmente nestes momentos a participação da mulher nesta missão.

Jornalista : Um tema recorrente no debate da juventude é a recreação (diversão). Que ações são feitas pela UJC para dar respostas às demandas de jovens neste tema?

Júlio : Conhecemos que nossa juventude está insatisfeita. Temos consciência da prioridade que requer este tema que possui componentes matérias e outros que dependem de esforço para melhorar os serviços neste sentido, com criatividade, bom gosto e vontade de fazer bem as coisas.

Estamos empenhados em diversificar os padrões de recreação, ampliar a maneira em que os jovens empregam seu tempo livre, que seja de uma maneira saudável, que se divirtam aprendendo, porque às vezes não conseguem apreciar em suas escolas, em seus centros de trabalho, e no lugar onde vivem há um número importante de opções que estão nas mãos e não são capazes de apreciarem.

A UJC não é a única responsável por este tema, mas compreendemos nossa missão de impulsionar o esforço que fazem os outros organismos para ampliar a recreação.

Temos o desafio de enfrentarmos a formas não institucionalizadas de recreação que têm surgido nestes anos e que não estão disponíveis para a grande maioria dos jovens, muitos perseguem fins lucrativos e semeiam banalidade e muita superficialidade.

Devemos continuar trabalhando na ampliação dos horizontes culturais e os conhecimentos de nossos jovens como escudo a frente dos piores vícios que emergem do capitalismo.

Somente com a iniciativa institucional e bem concebida e sem esquematismos será possível contestá-las.

Jornalista : Recentemente a UJC deu início a jornadas de visitas a lugares históricos em todo o país com ordens fiéis a nossa história. O que responde?

Júlio : Nisso o fundamental é nos apropriarmos do ensino da história, como ação imprescindível para enfrentar o poder do império que aposta no esquecimento de nossas tradições de luta.

Os jovens devem apreciar também o fato de que viver em Cuba, pois isso é algo único. Quando ganhamos uma medalha em esportes, quando vemos um médico salvando uma vida aqui ou em qualquer lugar do mundo, quando um maestro consegue que seus alunos aprendam muito mais em nossas aulas e alfabetizar a muitos quilômetros de distância ou quando nossos artistas percorrem as prisões, sobem nossas montanhas e nos identificam em um cenário internacional, podemos seguir sentindo todo o orgulho de sermos cubanos.

É sinal de que este povo têm resistido estes duros anos do período especial, do bloqueio genocida imposto pelo imperialismo, as pressões, os terroristas dos quais temos sido vítimas, nos distinguem e nos prestigiam diante do mundo inteiro.

Aí é que vale sermos fiéis à nossa história, significa também a fidelidade dos melhores valores da pátria, suas tradições, cultura, e o legado ético e heróico do nosso povo, que nos sustenta, nos encoraja e sopra para o futuro. Isso nos faz muito mais fortes.

Jornalista : É também um desafio para a UJC à incorporação do maior número de jovens à produção?

Júlio: Sim, e, sobretudo que nossos jovens possam incorporar o valor do trabalho. Se bem exibimos com satisfação que 68,38% dos jovens entre 18 e 24 anos de idade estão hoje estudando na universidade, a maioria cursa carreiras de humanas. Nossa batalha também é para que estudem em um maior número as carreiras com um perfil vinculado a setores que aportem diretamente a produção, que possamos aproveitar as potencialidades de cada município, ali onde também têm chegado à superação de todos os níveis.

Porém um jovem não pode pensar que somente superando-se é útil para a Revolução. Nós defendemos que o jovem se prepare, mas também contribua, com seu esforço manual e intelectual, com o desenvolvimento da sociedade. Um país se sustenta também com operários agrícolas, com técnicos em qualquer um dos meios de produção de bens materiais, com os que brindam serviços imprescindíveis para que a sociedade funcione.

Estamos responsabilizados a criar uma cultura de trabalho na juventude, de esforço, de participação. Temos que conseguir que nas também nas comunidades o jovem encontre sua realização profissional, para evitar que as zonas rurais fiquem sem jovens preparados, essa é uma tarefa da União dos Jovens Comunistas.

A juventude cubana tem uma profunda identificação com Fidel e Raúl, quer bem este país, ama a Revolução. Corresponde a nós guiar, conduzir, participar de cada momento.

Neste novo aniversário da União de Jovens Comunistas e da Organização de Pioneiros José Martí, nós jovens ratificamos nosso compromisso com o estudo consciente, elevando a cultura geral integral, o trabalho disciplinado, produtivo e eficiente, assim como a atenção à família e aos valores humanos. Essa é a melhor maneira de preservar o futuro da Revolução Socialista.

* Entrevista traduzida

Versão original enviada pelos membros da UJC

www.ujs.org.br

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