3.3.08

PCdoB: Uribe traz para a AL a 'guerra preventiva' de Bush


3 DE MARÇO DE 2008 - 19h16


PCdoB: Uribe traz para a AL a 'guerra preventiva' de Bush


O Secretariado do PCdoB dedicou a maior parte de sua reunião desta segunda-feira (3) ao exame da situação criada com a invasão do território do Equador pelo exército colombiano, para trucidar o líder guerrilheiro Raúl Reyes. Em nota, o Secretariado "solidariza-se com o povo colombiano e suas forças democráticas incluindo as insurgentes". E opina que "o regime de Uribe Vélez, lacaio do imperialismo estadunidense, traz para nossa região a teoria e a prática da 'guerra preventiva' da doutrina Bush". Veja a íntegra.


"Nota do Secretariado do PCdoB sobre os acontecimentos na Colômbia"


"O Partido Comunista do Brasil condena energicamente a ação militar do governo de Álvaro Uribe Vélez em território equatoriano, que resultou no assassinato de um dos comandantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – FARC -, Raúl Reyes, e de mais 16 guerrilheiros. O PCdoB solidariza-se com o povo colombiano e suas forças democráticas incluindo as insurgentes. Manifesta sua consternação pela queda dos combatentes. Raúl Reyes foi um revolucionário, um dirigente político e um hábil negociador dedicado à solução do complexo problema do intercâmbio humanitário de prisioneiros e da saída política para o conflito colombiano.


A ação repressiva do governo colombiano, num ato em que ficou patente a violação da soberania nacional e da integridade territorial do Equador, e em que o imperialismo estadunidense está implicado, com os meios tecnológicos e a assessoria militar que fornece ao regime de Uribe através do Plano Colômbia, desperta grande preocupação nas forças revolucionárias, progressistas e democráticas da América Latina e de todo o mundo.


O assassínio de Raúl Reyes ocorreu no momento em que as forças insurgentes faziam importantes gestos unilaterais visando à realização de um intercambio humanitário, como inicio para uma saída política ao conflito armado na Colômbia, iniciativa apoiada por vários governos do mundo. O governo colombiano respondeu a um gesto de paz com o uso da força, com o desrespeito aos direitos humanos e ao direito internacional, ameaçando o convívio pacifico do continente.


A denominada “operação Fênix” que culminou neste 1º de março foi um “verdadeiro massacre”, como assinalou o presidente equatoriano Rafael Correa. Foi uma ação planejada, um ataque surpresa, em que as vítimas foram assassinadas enquanto dormiam.



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