3.1.08

PAC Sem Mudanças na política econômica é ínsuficiente

8 de dezembro de 200737º Conubes:

PAC sem mudanças na política econômica é insuficiente

Debate sobre a conjuntura e o desenvolvimento nacional teve grande participação dos estudantes. Presidente da UNE e representantes de outras forças da juventude chamaram os jovens à luta
Foi concorrida a mesa de debates "O Programa de Aceleração do Crescimento, o desenvolvimento e a conjuntura nacional". Participaram o ex-tesoureiro da UBES, Márcio Cabreira, do MR8; Wanderson Pinheiro, do PCR; Alina Maria de Oliveira, da CGBT; o diretor da UBES, Osvaldo Lemos e a presidente da UNE, Lúcia Stumpf.

O principal foco do debate foi a construção de um projeto de desenvolvimento para o país, com a participação ativa dos estudantes secundaristas, "responsáveis pela tomada de decisões no futuro e pela construção de uma nova realidade".
Herança das privatizaçõesUm desafio em comum nesse processo, segundo todos os conferencistas, é a construção de avanços reais que superem os atrasos e malefícios do governo neoliberal que desmontou o Brasil durante a década de 1990. Nas falas de todos os convidados ficou clara a insatisfação com a herança desse período.

Wanderson criticou duramente a política de privatizações do presidente FHC, defendendo a reestatização das principais empresas vendidas nesse período: "Nosso crescimento econômico é importante, mas precisamos recuperar o nosso patrimônio legítimo, como a Companhia Vale do Rio Doce, por exemplo", disse sob muitos aplausos. Ele lembrou que os movimentos sociais, incluindo o movimento estudantil, realizaram um plebiscito nacional em 2007, que demonstrou a insatisfação da maioria da população com a venda da Vale.

Márcio Cabreira também foi taxativo ao criticar o neoliberalismo e destacou que essa política precisa ser combatida com a unificação dos movimentos sociais: "O governo FHC tinha um plano de permanecer 20 anos no poder, mas fomos nós, os representantes dos movimentos populares, que impedimos esse processo",disse. Ele elogiou o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, mas disse que é uma política que ainda precisa de avanços.

Mudar a política econômicaOs avanços necessários, segundo defendeu a presidente da UNE, passam pela mudança imediata da política econômica do país: "Nós que elegemos esse governo, pelas mudanças, mas não podemos mais aceitar somente reformas conjunturais. Queremos ações de longo prazo, como o fim dessa economia que não atende ao desenvolvimento e à parcela mais necessitada da população".

Ao final das falas, os estudantes participaram com bastante entusiasmo do debate. Muitos usaram do microfone para expor suas idéias e propostas para a construção de uma realidade melhor. Com bandeiras, percussão e muita disposição, eles entoaram palavras de ordem, entre um fala e outra, mostrando que o jovem secundarista está pronto para debater, decidir e, principalmente, agir, quando o assunto é transformar o Brasil.

De Goiânia Artênius Daniel

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