3.1.08

Secundaristas debatem TV de Todos e para Todos

8 de dezembro de 2007
Secundaristas debatem TV de todos e para todos

Democratização dos meios de comunicação é destaque no Conubes, com debate sobre a atuação da imprensa e a criação da TV Pública nacional

"A revolução não será televisionada", diz a famosa frase. Pode até não ser, mas é bem verdade que a televisão em si, assim como o resto dos meios de comunicação no Brasil, precisam de suas próprias revoluções, sendo a maior delas a democratização da produção e da veiculação de conteúdo.
O Congresso da UBES tratou desse assunto nessa sexta (7), em uma mesa com a presença de Bernardo Joffily, ex vice-presidente da UBES e editor do portal Vermelho e de Marco Antonio Campaneli, editor do jornal "A Hora do Povo". Além da democratização dos meios de comunicação, eles falaram sobre o debate acerca da TV Pública no Brasil, que foi ao ar recentemente em alguns estados e logo deverá ser ampliada para todo o país.

Mais espaçoDesde os primeiros debates sobre a criação da TV Pública, os movimentos sociais, incluindo os estudantes e a UBES, enxergaram no projeto uma possibilidade de divulgar suas idéias e pontos de vista. Bernardo Jofilly disse que a TV é uma vitória, mas não ficou satisfeito com as primeiras decisões na escolha da programação:
"O governo escolheu 15 conselheiros, de diversas áreas da sociedade, para a curadoria dos programas. Existem nomes até interessantes, mas não há um estudante, um líder sindical, nenhum representante dessas forças populares. Portanto, precisamos de fazer pressão para que essa transmissão seja realmente diversa", afirmou.

DesnacionalizaçãoO editor do "A Hora do Povo" trouxe uma outra informação importante, porém alarmante, para o debate da democratização dos meios: a influência das empresas de tele-comunicações estrangeiras no mercado da comunicação brasileira: "As grandes emissoras e corporações já estão com medo, porque as teles realmente vêm com força. Corremos o risco, portanto de uma desnacionalização da comunicação no país", alertou.
Em entrevista ao EstudanteNet, após o debate, Bernardo Jofilly falou que a UBES e o resto do movimento estudantil tem que se posicionar, produzir cada vez mais seu próprio conteúdo e expor suas idéias para a população: "A grande mídia não está no Congresso da UBES. Na minha opinião, porque ela está de outro lado nessa luta", concluiu.
De Brasília,Artênius Daniel

Nenhum comentário: