12.12.07

Filarmônica de Nova York se apresentará na Coréia do Norte

10 DE DEZEMBRO DE 2007
Filarmônica de Nova York se apresentará na Coréia do Norte

Zarin Mehta, presidente e diretor executivo da Filarmônica de Nova York, anunciou que a orquestra vai se apresentar na Coréia do Norte no dia 26 de fevereiro. O primeiro veículo a registrar a notícia foi o jornal americano The New York Times.
Segundo Zarin Mehta, mais detalhes serão dados em um entrevista coletiva agendada para esta terça-feira. O Ministério da Cultura da Coréia do Norte enviou o convite à orquestra em agosto. Em outubro, Mehta passou seis dias na Coréia do Norte para verificar as potencialidades de um concerto na capital do país asiático, Pyongyang.

O regime do presidente Kim Jong Il é um dos grandes inimigos dos Estados Unidos. George W. Bush, numa de suas paranóias, já chegou a classificar o país asiático como um dos integrantes do "eixo do mal".

As tensões entre os dois chegaram a atingir um pico em outubro de 2006, com o anúncio norte-coreano de que havia testado uma bomba atômica. Em outubro, o jornal americano The Wall Street Journal publicou que uma possível viagem da Filarmônica levaria legitimação ao regime norte-coreano - bobagem que não incomodou a orquestra.

Na entrevista coletiva desta segunda-feira, devem estar Pak Gil Yon, representante da Coréia do Norte na ONU (Organização das Nações Unidas), Christopher Hill, secretário-assistente do Departamento de Estado dos Estados Unidos, e Paul B. Guenther e Mehta, da Filarmônica.

Em Washington, o Departamento de Estado americano evitou comentar sobre a visita ou confirmar que ela aconteça - o evento não foi oficialmente anunciado. Mas Gonzalo Gallegos, porta-voz do departamento, disse que o órgão apóia uma visita do gênero. Em outubro, Estados Unidos e Coréia do Norte concordaram em promover trocas bilaterais.

Tanto o Departamento de Estado americano quanto companhias sul-coreanas vão ajudar com a logística de transporte das 250 pessoas e instrumentos à Coréia do Norte. Ao aceitar o convite da Coréia do Norte, a Filarmônica de Nova York segue um caminho que misturam orquestras e diplomacia.

Em 1973, a Orquestra de Filadélfia viajou à China logo após a visita do presidente americano Richard Nixon ao país asiático. Em 1956, a Sinfonia de Boston se tornou a primeira orquestra americana a tocar na ex-União Soviética.
Da redação, com agências

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