1.6.08

Governo Bush diz não a tratado internacional anti-bombas

1 DE JUNHO DE 2008 - 13h31

Governo Bush diz não a tratado internacional anti-bombas

Na 6ª-feira, 31/5, 111 nações, incluídos os aliados na OTAN, assinaram um tratado que fixa o prazo máximo de oito anos para a total extinção dos arsenais de armas e munição ‘de fragmentação’ (ing. cluster bombs) – são armas que disparam ‘bombas-mãe’ que, disparadas, fragmentam-se em milhares de bombas menores e alcançam grandes superfícies, onde, detonadas ou não, são armas mortais que ameaçam centenas, muitas vezes milhares ou milhões de vidas humanas, por longo tempo. O governo Bush não apenas não assinou o tratado como, também, opôs-se insistentemente a que fosse assinado.

Depois de vários anos de vacilação, a Inglaterra finalmente se desligou dos norte-americanos e concordou com a idéia de proibir este tipo de arma. A mudança de atitude dos ingleses representa um duro – já muito necessário – golpe na posição de Washington, que jamais aceitou qualquer tipo de controle sobre o uso de armas ‘sensíveis’; e atinge diretamente, também, o governo Bush, que lutou contra, também, a assinatura deste tratado.

A campanha para proibir as bombas de fragmentação, impulsionada por ativistas da luta pelos direitos humanos, jamais alcançou a divulgação ampla que teve, por exemplo, a campanha contra minas terrestres – outro tratado que Washington também se recusou a assinar. Mas os dois tipos de arma têm, em comum, a característica de causarem mais baixas entre a população civil do que entre soldados, e de continuarem a provocar mortes, mesmo depois do fim da guerra.

http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=38048


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