20.6.08

Cuba chama América Latina a festejar os 50 anos da Revolução

SÃO PAULO (Reuters) - Ernesto 'Che' Guevara é uma figura tão emblemática do século 20, que a sua imagem -- aquela baseada numa foto famosa de Alberto Korda, tirada na década de 1960 -- transcende a sua ideologia. Na verdade, a idéia que as pessoas fazem do guerrilheiro vem se mostrando tão maleável que seu culto se adapta a qualquer grupo, desde políticos chineses a neonazistas alemães.

O documentário "Personal Che", que estréia em São Paulo e Rio, investiga pelo mundo a fora as diversas representações e leituras que são feitas sobre o guerrilheiro -- enfim, é a busca pelo mito de cada um.

"Todo mundo pode interpretá-lo como quiser", afirma, no começo do filme, John Lee Anderson, biógrafo do guerrilheiro argentino, autor de "Che Guevara: Uma Biografia".

Cuba está preparando uma grande festa para celebrar os 50 anos de sua Revolução, em 1º de janeiro de 2009. O secretário-geral do Partido Comunista Cubano, Fernando Remírez de Estenoz, convidou todas as forças progressistas do continente a participar das comemorações, além de formar parte do Encontro de Partidos e Movimentos Políticos da América Latina e Caribe por motivo do 50º aniversário da Revolução Cubana, a ser realizado nos primeiros dias do ano que vem.

O convite foi feito por Remírez na abertura do 14º Encontro do Foro de São Paulo, realizado no fim de maio em Montevidéu, Uruguai. "Como parte do esforço comum para incrementar, ampliar e intensificar a imprescindível coordenação e trabalho conjunto das forças de esquerda do continente, nosso partido decidiu convocar para o mês de janeiro do próximo ano esse encontro", disse.

A idéia do PC de Cuba é trocar informações sobre o que vem sendo feito no país e no continente para combater as desigualdades e desenvolver cada uma das nações latino-americanas. "será também um excelente cenário para refletir e expor critérios sobre quanto e como o mundo, a América Latina e o Caribe mudaram desde 1º de janeiro de 1959, e sobre as conquistas e feitos comuns que hoje temos como esquerda latino-americana e caribenha", afirmou.

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