Estudantes decidem manter a ocupação na UnB e UNE convoca ato

14 de abril de 2008

Estudantes decidem manter a ocupação na UnB e UNE convoca ato

Após comemorar a renúncia do reitor, Timothy Mulholland, do vice, Edgar Mamiya, e do decano de administração, Erico Paulo Weidle, estudantes exigem eleições diretas para reitor e Congresso estatuinte, ambos paritários, ou seja, votação com igual peso para estudantes, professores e servidores, além de transparência na gestão de recursos. Com pautas similares, UNE, que participa da ocupação, convoca ato para quinta-feira (17) em todo o País

Depois do anúncio de renuncia do reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland, do vice, Edgar Mamiya, e do decano de administração, Erico Paulo Weidle, estudantes que ocupam a reitoria da instituição realizaram uma assembléia para definir os rumos do movimento.

Os cerca de 900 jovens decidiram manter a ocupação até a próxima quarta-feira (16). Segundo o diretor de relações diretor de Relações Internacionais da UNE, que acompanha a ocupação, Alcides dos Anjos Leitão (Jesus), a decisão foi tomada em função da reunião do Conselho Universitário (Consuni). "Caso seja aprovado pelo Consuni, a realização do Congresso Estatuinte paritário e eleições diretas para reitor também paritárias, sairemos da reitoria. Essas duas reivindicações atendem uma questão fundamental que a garantia de democracia na universidade".

Com o objetivo de nacionalizar a luta dos estudantes na UnB, a UNE convocou para a próxima quinta-feira (17) o Dia Nacional de Luta nas universidades federais, que tem como principais pautas o fim das Fundações de Apoio nas universidades e a defesa das eleições paritárias (em que os votos de professores, alunos e servidores têm o mesmo peso).

"As Fundações, atualmente, só existem porque não há autonomia de gestão financeira pelas reitorias", afirmou a presidente da entidade, Lúcia Stumpf, que está na capital federal acompanhando a ocupação da reitoria da UnB.