Para Denílson Batista, diretor de frente LGBT da UJS, a marca da Parada LGBT de 2009, que levou 3,5 milhões de pessoas à avenida Paulista, neste domingo, foi a politização. Ao contrário de edições anteriores, a organização teve preocupação em marcar a conotação anti-homofóbica do evento. "O principal foco foi a politização da Parada, a luta contra a homofobia. Teve até uma música "Contra a Homofobia/ Mais cidadania", que tocava de 20 em 20 minutos, o que deu um tom de luta", disse.
Um trio elétrico foi utilizado exclusivamente para coletar assinaturas para um abaixo assinado pela votação do Projeto de Lei contra a homofobia. "A meta era conseguir um milhão de assinaturas. Conseguimos superar a meta".
A UJS teve participação destacada através de seus militantes. "Tivemos uma ótima participação, propagandeando nossas ideias, com material e visual próprios". A partir da Parada de São Paulo acontecem outras em vários estados e municípios. " A próxima será em Campinas, depois vai acontecer no Rio, em Porto Alegre, em Manaus, etc", afirmou Denilson.
Ao final do evento, um incidente demonstrou a intolerância de parte da sociedade com a diversidade sexual. Na altura da avenida Vieira de Carvalho, uma bomba foi arremeçada de um prédio contra os participantes. "A bomba reafirmou a homofobia existente na sociedade. Cerca de 15 pessoas foram atingidas. Todos registraram B.O na delegacia de intolerancia", concluiu.
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