2.3.08

PC Português leva 50 mil à Marcha Liberdade e Democracia


1 DE MARÇO DE 2008
PC Português leva 50 mil à Marcha Liberdade e Democracia


Uma multidão que os organizadores estimaram em 50 mil pessoas participou neste sábado (1) em Lisboa da Marcha Liberdade e Democracia, convocada pelo Partido Comunista Português. O objetivo foi denunciar "os perigos e ameaças" expressas na exigência de que os partidos políticos provem ter no mínimo 5 mil militantes para poderem funcionar.


A multidão: bandeiras vermelhas e muitas carteiras do PCP
Não que o PCP se sinta ameaçado. Durante a manifestação, muitos milhares de "cartões de militância" do PCP eram agitados. Foi uma demonstração de força. "Quando os primeiros manifestantes começaram a cerrar fileiras no Rossio, para ouvir o discurso de Jerônimo de Sousa (principal líder do PCP), a cauda da marcha estava ainda no ponto de partida", descreveu o site da Rádio e Televisão de Portugal.
Na análise de Jerônimo, que falou no encerramento do protesto, a ofensiva do governo José Sócrates contra a democracia “não deixa intocável nenhuma das vertentes do regime”.


O dirigente comunista lembrou que, "ao longo de mais de 30 anos, o regime democrático tem sido alvo de ataques por parte daqueles que nunca se conformaram com as transformações e realizações operadas com a Revolução de Abril, e posteriormente consagradas na Lei Fundamental". Poreem agregou que no governo atual, do PS, "a diferença reside na dimensão e profundidade dessa ofensiva que não deixa intocável nenhuma das vertentes do regime democrático – a democracia económica, a democracia social, a democracia cultural e a democracia política" e ainda "própria soberania nacional".


A "mola impulsionadora" da marcha, segundo Jerônimo, foi a decisão do Tribunal Constitucional de executar uma norma da Lei dos Partidos obrigando os partidos a provar que têm militantes suficientes. Para o orador, há aí "um alvo preferencial: o PCP, a sua autonomia, as suas características, a sua natureza; e a sua maior realização política, cultural e popular, a Festa do Avante!". A festa do jornal do partido, que teve sua 32ª edição em setembro passado, reúne 300 mil pessoas em três dias e causa ciúmes em todo o espectro político português.


Jerônimo concluiu o discurso pedindo aos presentes "nesta grande ação, nesta grande afirmação de esperança e confiança" que fortaleçam o PCP e de uma alternativa para Portugal "onde voltem a residir e irradiar os ideais e valores de Abril. Que este Rossio a transbordar não seja ponto de chegada, mas de partida", defendeu.Da redação, com agências


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