28.2.08

Governo dos EUA justifica tortura para evitar “mal maior”

Governo dos EUA justifica tortura para evitar “mal maior”

por jpereiraÚltima modificação 27/02/2008 13:56

Um do métodos empregados pela CIA, em Guantánamo, é obrigar um prisioneiro a ficar em pé ininterruptamente por até 40 horas. Sobre a prática, o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, disse que o seu emprego também exige que passe horas em pé

Um do métodos empregados pela CIA, em Guantánamo, é obrigar um prisioneiro a ficar em pé ininterruptamente por até 40 horas. Sobre a prática, o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, disse que o seu emprego também exige que passe horas em pé

27/02/2008
Tatiana Merlino

da redação

Afogamento, privação de sono, isolamento, humilhação, longas exposições ao calor e frio extremos. Chamadas de “tortura light” (tortura leve), essas são modalidades de tortura vêm sendo defendidas pelo governo dos Estados Unidos como “aceitáveis” naquilo que se chama “guerra contra o terror”.

Para os defensores dessas práticas, elas se distinguem da tortura “padrão”, que é mais violenta e deixa mutilações no corpo. “Há uma crença de que ela não é tão severa, assim sua prática poderia ser justificada. No entanto, essa distinção não é reconhecida pelos organismos internacionais”, afirma Jessica Wolfendale, pesquisadora do Centro de Filosofia Aplicada e Ética Pública da Universidade de Melbourne, Austrália, durante o segundo dia de debate do Seminário Internacional sobre Tortura, na terça-feira (26). De acordo com ela, a chamada tortura light é tão cruel e nociva às vítimas quanto a tortura tradicional.

O objetivo do seminário é discutir a permanência da tortura no Brasil e em outros países do mundo justificada como um "mau necessário" para se combater a criminalidade eo "terrorismo". A iniciativa é do Núcleo de Estudos da Violência, da USP, e termina nesta quarta-feira (27) (leia reportagem).

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